Existem certas alturas
do ano – lectivo, entenda-se - bastante críticas e condensadas: os finais de
período, com os testes para corrigir e a preparação da reunião da direcção de
turma para iniciar.
Nestes momentos
específicos, o tempo parece variar na razão inversa do volume de trabalho. Hoje, por entre a correcção de um e outro teste, ia imaginando, sonhando, divagando com uma época em que os professores teriam acesso a máquinas inteligentes que corrigiriam e cotariam, em fracções de segundos, os testes de uma turma inteira.
Ó que deliciosa imagem, acompanhada de um sorriso grato!…
Ainda a evocava e logo se desvaneceu, porque me lembrei das irritantes maquinetas instaladas nas portagens das auto-estradas que substituíram, dispensaram e lançaram para o desemprego mais uns quantos trabalhadores.
Com a necessidade do Estado cortar nas despesas, Vítor Gaspar, o nosso Ministro das Finanças, não desperdiçaria nem perderia a oportunidade de substituir uma parte da massa humana que forma o Ministério da Educação por inúmeras unidades de metal reluzente, cheias de chips, ligações e outras tantas invenções…
Ai que felicidade ter os testes para corrigir!