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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Silêncios

O reflexo do silêncio espalha-se, inundando palavras mudas, em vagas sucessivas de marés sem sentido.
O silêncio espraia-se no som do seu eco, banhando, com águas revoltas, a incompreensão do saber em reflexões afundadas no sentir.
As não palavras agitadas, espumam do pensamento: são como ondas rebeldes, numa praia de emoções, sob um pôr-do-sol do querer. A luz, emanada dos seus raios, torna-se ténue, difusa, como farol apagado no meio de tempestade.
Os uivos do pensamento soltam-se em vendavais de desilusão, agigantam-se em ondas de silêncio, desfazendo castelos de sonhos, nas dunas do sentir, num combate entre a terra e o mar.
O silêncio, trazido pelo equinócio do nada, compõe, em semi- breves de tempo, claves de solidão em partituras de vida, diálogos mudos em legendas não percebidas.