As ideias são
como as cerejas: atrás de umas brotam, espontaneamente, logo, outras, num
encadeado, mais que lógico, para quem escreve, mas, por vezes, não percebido pelo leitor.
O texto de hoje
testemunha, na íntegra, estas palavras.Indecisa quanto ao assunto a abordar, para uma apresentação oral a Inglês, no âmbito de “ O Voluntariado”, a minha filha ia afastando as ideias que lhe sugeria, com comentários do género “ Achas que isso dava uma boa apresentação? O que é que eu ia dizer? Num segundo esgotava o assunto!”, incerta na decisão e irritando-me com um dilema de fácil solução.
Por todas as razões, menos pela do mero acaso, lembrei-me da receita que lera na edição digital do Público, na secção “Life&Style Gastronomia”, na rubrica “Na ponta da língua” de Miguel Esteves Cardoso, intitulada “receita de salmão à preguiçoso”.
Afinal, o segredo não está no tema, antes na mestria com que se apresentam as ideias. Se houver arte na ponta da pena, não há de certeza assunto que não possa ser desenvolvido com qualidade.
E foi a partilha dessa conclusão que serviu para encerrar o pseudo dilema.
É difícil ser-se adolescente, mas mais difícil do que isso é ser-se mãe de uma adolescente!
Quanto à receita do salmão, se o resultado gustativo for tão delicioso quanto a subtileza do humor usado no texto instrucional, então está garantido o sucesso do petisco!
As ideias são ou não como as cerejas?