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domingo, 22 de janeiro de 2012

Era uma vez

Quando eu era pequenina, adorava ouvir contar histórias, daquelas que povoam a infância de qualquer criança que tem a sorte de ter quem lhas conte. Eu tive essa sorte.
Antes mesmo de saber ler, já eu descobrira a magia que cada palavra dita, com mestria e muita entrega, podia encerrar. A musicalidade e os sentidos de cada palavra contada, de cada palavra narrada, com prazer e muita paciência, despertavam em mim emoções e afectos em forma de imagens construídas à medida da fecundidade própria da imaginação de uma criança. 
Desde cedo, as palavras cativaram-me e seduziram-me. Desde cedo, intuí o seu poder.
Hoje, adormecido o meu tempo de meninice, ainda recordo cada uma das histórias que me encantavam e faziam sonhar: personagens, paisagens, enredos, cenários que pulularão para sempre no lado infantil e puro, resguardado, algures, numa parte de mim.
Um dia destes, ainda encontrarei o tesouro escondido no final de um arco-íris!