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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ternurento

Num  dia destes, descobri, numa das árvores da minha escola, lá bem no alto de um tronco, escondido no entrelaçado de vários ramos, um pequeno ninho de pássaro. Tão frágil aparentemente!
Enfeitiçada pelo vaivém constante de um casal de pintassilgos, rendi-me ao bailado ritmado dos dois passaritos que, pacientemente, iam transportando, no bico, o material necessário para o aconchego do seu interior.
Quanta sabedoria instintiva!
Quanta entrega e quanta dedicação destes dois delicados seres! 
Quanto cuidado  nos gestos mecanizados!
A Natureza é sábia e perfeita!
Enquanto, imóvel, observava, com emoção, este quadro ternurento esboçado na beleza e na naturalidade da tarefa destas duas aves, lembrei-me de uma passagem do Sermão da Montanha :Olhai para as aves do céu: Não semeiam, nem ceifam, nem recolhem em celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as.(...)"