Enfeitiçada pelo vaivém constante de um casal de pintassilgos, rendi-me ao bailado ritmado dos dois passaritos que, pacientemente, iam transportando, no bico, o material necessário para o aconchego do seu interior.
Quanta sabedoria instintiva!
Quanta entrega e quanta dedicação destes dois delicados seres!
Quanto cuidado nos gestos mecanizados!
A Natureza é sábia e perfeita!
Enquanto, imóvel, observava, com emoção, este quadro ternurento esboçado na beleza e na naturalidade da tarefa destas duas aves, lembrei-me de uma passagem do Sermão da Montanha :" Olhai para as aves do céu: Não semeiam, nem ceifam, nem recolhem em celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as.(...)"