À noite, quando a vida parece adormecer, cansada da agitação do dia, e o silêncio invade o espaço, inspiro a aparente ausência do barulho e aguço a capacidade de perscrutar os pequenos sons, alguns quase inaudíveis, de tão subtis que são.
O restolhar das folhas das árvores, que se agitam em movimentos ritmados, embalados pela vontade do vento, torna-se perceptível no meio do silêncio da madrugada, perturbando a concentração alcançada na calma que se sentia.
À noite, quando o tempo, em traquinices constantes, movimenta os ponteiros do relógio, marcando, em ínfimas fracções, a sua passagem, o silêncio invade o todo e a reflexão acontece.