Sentada de frente para o Mondego, olho a minha cidade, no escuro da noite. As luzes cintilantes, aninhadas no ventre das margens do rio, reflectem-se na quietude das suas águas que deslizam suavemente.
Tantas vezes a percorri e vendo, não a vi.
Coimbra, cidade antiga, outrora das tricanas e da boémia estudantil, cresceu à sombra da Universidade.
Coimbra do Bazófias, do Calinas e da Briosa, das serenatas e das noitadas, é a tradição no presente.
Coimbra, cidade única, onde o preto é alegria e esperança na capa e na batina dos estudantes.
Coimbra da canção, para sempre eternizada nas palavras do poeta, continua a deixar saudade na hora da despedida!
Amo a cidade que, há muito, fiz minha.