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terça-feira, 1 de julho de 2014

Fragilidades


Desconheço o autor deste texto. À medida que o ia lendo, não conseguia deixar de pensar em Judite de Sousa, no sofrimento e na mágoa de uma mãe (de todas as mães) que vê (vêem) partir um filho (cedo de mais) - não deveria ser permitido, nas leis da existência.
Que o Senhor acalme a sua dor e lhe permita encontrar respostas nas incongruências da vida.



Sei que às vezes ris - bastante.
Mas nem sempre a vontade que está por fora é igual ao que se sente por dentro. Mas sei que ris, muito. E que tentas matar a tristeza com um sorriso. Acho que é assim que se matam as tristezas, com sorrisos. É isso que vejo em ti: um sorriso gigante por fora que amedronta a tristeza que vai por dentro, e é isso que faz sentido: em vez de nos deixarmos amedrontar com as tristezas, em vez de nos deixarmos cair, sorrimos. Às vezes, mesmo por entre lágrimas, sorrimos, e elas, com medo, vão-se embora (ou pelo menos afastam-se o suficiente para nos deixar sorrir).
As lágrimas têm um poder de lavagem da alma, penso que seja para isso que servem, saltam fora de nós para lavar o que nos entristece.
As lágrimas também dão alento, reconheço-lhes esse valor, dão força para o passo seguinte, às vezes só depois de chorarmos é que as luzes da vida se alumiam para vermos por onde temos de ir.
Quantas batalhas não se ganharam depois de um choro? Quantas forças não se reuniram depois de derramadas lágrimas? Quantos caminhos não se desvendaram depois de enxugarmos as lágrimas que nos cobriam os olhos? Quantas mães não fizeram das suas lágrimas forças para que o mundo continue a avançar? Como conheceríamos a bonança se não houvesse tempestade? Primeiro tudo revolto, e, depois a bonança, a calmaria, que nos deixa ver para onde vamos.
Deus não iria criar as lágrimas só para nos fazer tristes, se ele as criou foi para algo mais do que viver tristezas.
Afinal também existe felicidade no meio das lágrimas, não é verdade?
Chorar faz bem, quando chorar faz falta.
Sei que às vezes ris - bastante. Mas também sei que choras - quando precisas.

Autor desconhecido
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Por fim


Com a alteração das rotinas do trabalho, começa a haver tempo e espaço para dedicar àqueles gostinhos que nos deliciam e antecipam as férias.
Os momentos de lazer irrompem naturalmente, com destaque para a leitura: finalmente, vou terminar “Um Milionário em Lisboa” e renovar o acervo da mesinha de cabeceira.
Outro dia passei pela Bertrand (é sempre uma tentação e um gosto que vem de longe, do tempo de juventude, quando me perdia naquele espaço mágico, por entre a imensidão de livros que pareciam seguir os meus gestos na esperança de serem folheados e talvez lidos) – divagações – e adquiri alguns que vão, por ora, esperar pelo vagar dos dias.
Entretanto, aproveitando a ida à livraria, indaguei sobre um livro que, há muito, desejo ler: Cai o Pano - O Último Caso de Poirot. Aguardo a sua chegada. Será a cereja no topo do bolo!