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quinta-feira, 10 de julho de 2014

Muito mais do que um jogo


 Ontem, a selecção alemã mostrou e demonstrou ao mundo o poder e a força do país a que pertence. Para muitos poderá ter sido um mero jogo de futebol, mas a verdade é que a essência que possibilitou o aniquilamento do Brasil, dentro das quatro linhas, representa o paradigma do poder de um país, no xadrez europeu e mundial, a nível económico, político e social.
O não simpatizar com a Deutschland, não implica que não reconheça as qualidades que fazem desta Nação e do seu povo, um dos colossos actuais da Europa: rigor, método, planeamento, disciplina, coordenação, eficácia, trabalho, são talvez as principais e responsáveis características do seu sucesso.
A capacidade que os germanos possuem de se organizarem e reorganizarem, renascerem das cinzas, qual Félix, da fraqueza fazerem força, é no mínimo surpreendente e a comprová-lo temos a História que o testemunha: lembremo-nos do que sucedeu ao território, após a 2ª Grande Guerra, a sua divisão em dois países ideologicamente distintos e opostos, numa tentativa dos países vencedores, encabeçados pelos Estados Unidos da América e pela URSS, enfraquecerem esta potência, deixando-a Knock-Out por muito tempo. A sua força anímica foi (e continua a ser) tão grande que nem o  que lhe aconteceu, após ter perdido a guerra, a derrubou.
A Alemanha, desde sempre, exerceu uma hegemonia que ainda perdura. Está-lhe na génese.
Por isso digo e repito que o que aconteceu no jogo com o Brasil (e anteriormente com Portugal) possui uma carga simbólica do tamanho da derrota que incutiram à selecção canarinha, simbologia esta que ultrapassa o Mundial, as quatro linhas e o futebol!
A Europa não se pode distrair, pois a Alemanha há muito que se descolou dos países da União a que pertence e tem-se vindo a tornar cada vez mais forte!