As Letras e as
Humanidades sempre me fascinaram, tanto que, quando, no antigo 6º ano do Liceu,
tive de decidir acerca da área a seguir, no que, naquele tempo, correspondia ao
actual 10º ano, optei por estas, em detrimento da área das Ciências.
A subjectividade
do saber, inerente a todas as ciências que envolvem o Homem ou os produtos da
sua acção, como objecto de estudo, sempre me apaixonou, atraiu e acabou por
determinar os percursos que trilhei, os momentos que abracei, influenciar a
profissão que hoje exerço, orientar a rota do mapa traçado na palma da vida.
Às vezes, os
frutos do acaso, afinal, não são assim tão do acaso como pudéramos supor…
Hoje, nas
certezas possíveis de uma vida aprendida, percebo que os acasos são, apenas,
uma, das várias maneiras, mais que sub-reptícias, de Deus nos trocar as voltas, nas
contravoltas da vida.
Perdi-me no fio
condutor do raciocínio? Não, apesar de o poder parecer.
O verbum nem sempre faz transparecer
todo o pensamento e, muitas vezes, resguarda tímidas ideias.
As
palavras são como as cerejas e os pensamentos também!