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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dignidade nacional

Publico este texto antes do jogo decisivo para o apuramento do Euro 2012 entre a nossa selecção de futebol e a da Bósnia, ao qual não irei assistir pois gosto muito da minha dança …
Depois de ter visto e ouvido o modo como os nossos jogadores foram recebidos pelos adeptos da Bósnia, desejo, convictamente, que possamos eliminá-los não só para podermos participar nesta competição europeia do mais alto nível, mas também como forma de respondermos, inteligentemente, às provocações que nos foram dirigidas.
Apesar do ditado dizer que “amor com amor se paga” considero que a melhor resposta é sempre aquela que é dada com uma bofetada de luva branca.   
Para isso, basta ganharmos. 
Força, Portugal! 

A arte da coscuvilhice

Se há verbo mais utilizado pelas gentes deste espaço, quase rectângulo, na pontinha da Europa, é sem dúvida o verbo coscuvilhar.
Coscuvilham os colegas no local de trabalho, coscuvilham os empregados na ausência dos patrões, coscuvilham os estadistas nos meandros da política, coscuvilha o país inteiro numa mentalidade muito própria deste Sul que nos diferenciou.
A coscuvilhice tornou-se o dia-a-dia natural da preocupação nacional.
Com tanta coscuvilhice, tanta energia desperdiçada, tanta força deslocada neste país periférico, não é para admirar que Merkel e Sarkozy nos queiram atirar para o esquecimento ibérico.
Com este coscuvilheiro texto, a pensar em português, não me livro também eu de me coscuvilharem vocês!
Ah, nação imortal, que da coscuvilhice primordial, nasceste tu, ó Portugal!