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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Novela do quotidiano: espisódio I

Aproveitando um período de calmaria, por entre a azáfama de um final de ano lectivo, o simples gesto de folhear, com calma, o jornal soube-me, por momentos, a lazer, a férias, a Verão, a tempo sem horas rígidas e apertadas a comandarem as rotinas do quotidiano. Enfim, soube-me bem, fez-me bem!
O local propiciava o ambiente necessário para optimizar o momento: música de fundo calma, suave, tranquila, convidativa à gnose literária num espaço acolhedor e vazio. Apenas eu e o jornal.
Embalada pela agradável sensação que me percorria, lia, sem pressa, as notícias da véspera, num ritual quase esquecido: lia, relia, parava, reflectia, "monologava", comentava, exercícios próprios de quem lê!
No meio de muitas notícias, uma destacou-se pelo insólito que descrevia. E, à medida que ia absorvendo a informação, imaginando o que sucedera, não pude deixar de sorrir, terminando a sua leitura com uma gargalhada que me fez bem à alma e animou o espírito.

Novela do quotidiano: episódio II

O jornalista descrevia um incidente ocorrido durante as festas do São João,no desfile das marchas populares na Figueira da Foz.
Alguém da assistência, incomodado pela falta de visibilidade que a banda de música lhe impunha, decidiu, numa atitude nada cívica, resolver o problema da falta de visão, empurrando os músicos, convencido que, desta maneira, ficava com espaço suficiente para ver, amplamente, o espectáculo. Resultado: os músicos desafinaram os "acordes" e terminaram todos numa sinfonia do " dar e levar", dirigida pela batuta certeira da PSP, que fora chamada a intervir, não escapando a uma mordidela sem " dó menor" num dos seus elementos.
No meio desta confusão figueirense invertem-se os papéis e a marcha pára a sua actuação para assistir, incrédula, ao " espectáculo" da assistência, provocado por alguém com total falta de civismo e respeito, retrato fiel da crise de valores que pauta a sociedade actual!
Não será isto o reflexo de um sistema de ensino onde a Educação, nos últimos tempos, não tem sido mais do que um faz de conta?