O que nos faz pertencer a algum lugar? Talvez as raízes que nele criamos, os laços que estabelecemos, as emoções que aí vivemos.
Não sendo Coimbra a minha cidade da infância e adolescência, foi aquela que os ditames da vida me destinaram há muitos anos atrás.
Habituada aos caprichos da capital, parti rumo ao desconhecido, aventurei-me na incógnita de um presente já passado, sem saber que cada passo que dava ia desenhando, indelevelmente, um projecto de vida futuro: o meu.
Coimbra surgiu naturalmente na sequência dos acontecimentos.
A cidade acolheu-me nos seus braços, enfeitiçou-me com a sua áurea mística, seduziu-me com a sua beleza, cativou-me no romantismo de um passado cheio de história.
Hoje, tantos anos volvidos, Coimbra é a minha cidade. Sinto-a como se sempre tivesse estado à minha espera, pacientemente, sabendo que cada passo que eu ia dando me traria até si.