" A vida é feita de pequenos nadas, a vida é feita de pequenos nadas" afirma Sérgio Godinho numa das suas inúmeras canções.
Na verdade a vida é uma sucessão de pequenos nadas que,por o serem, originam grandes todos.
Os pequenos nadas da vida assemelham-se aos minúsculos grãos de areia de uma imensa praia que, isolados, não têm importância, mas juntamente com os demais, permitem a formação de um vasto areal de beleza ímpar.
A (des)importância, sucessiva, aos ínfimos e minúsculos grãos de areia da vida origina, frequentemente,intempéries formadas por marés vivas e tempestades que varrem o areal,tragado pelas ondas galgantes do mar.
Com o fim da tempestade,o turbilhão das águas revoltas amansa e regressa a calmaria. A praia desnuda os estragos sofridos na alma: continua imensa e aprazível, apesar de parte dos seus ínfimos e minúsculos grãos de areia terem sido engolidos pelo mar.