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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Despedida


A vida tem certas ironias difíceis de entender. Quando menos se espera prega-nos cada rasteira …
Hoje, no regresso de mais um dia de trabalho, ao ouvir a notícia da morte do euro-deputado Miguel Portas, senti-me triste.
Conheci-o, pessoalmente, por breves instantes, aquando de uma das manifestações de professores durante a governação de José Sócrates. Foram breves momentos de contacto junto à escadaria da Assembleia da República. No meio do aglomerado de gente, por entre a confusão própria de quem se manifesta, lá estava ele de sorriso franco, olhar bondoso, ar simpático, dando-se a todos os que o cumprimentavam com a mais pura naturalidade. Sem manias nem ares de superioridade, quando, meia envergonhada, lhe pedi se podia tirar uma fotografia consigo, de imediato, rasgou o seu largo sorriso e pousou como se tratasse de um colega de escola, há muito conhecido.
Desde então, recordo-o como um bom ser humano, de ar calmo e tranquilo, de voz serena e sorridente que se tornaram a imagem de marca que o acompanhou até ao fim.
Até sempre!