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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Cumplicidades de mim

A serenidade da noite é cúmplice do sentir que me invade.
A paz, desenhada na tranquilidade, inunda-me o ser e reflecte-se na noite. Com ela elevo-me, agiganto-me em sensações renovadas: sou a calmaria da bonança; sou um fio de água tranquilo no seu percurso para o mar; sou as cores quentes e intensas de uma pintura abstracta, que se desvenda no mistério do sentido escondido, das interpretações possíveis.
No final da noite, sou apenas eu, no todo que me forma, envolta na paz interior de diálogos silenciosos, sem ambiguidades, na harmonia alcançada pela fusão completa de espírito e de matéria.
No final da noite, entrego-me às memórias doces que me transmitem calma, paz, tranquilidade em cumplicidades de mim.