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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Comunicar ou a arte dos sentidos


Para os frequentadores assíduos do Facebook, eis um artigo deveras interessante que foi publicado, hoje, no jornal  Público.
É incrível como os “meme” – termo inventado, por Richard Dawkins, para designar um produto iminentemente cultural – se reproduzem, do mesmo modo que os genes. O mesmo padrão de reprodução para fenómenos de áreas completamente díspares: biologia e cultura, aparentemente, sem pontos em comum.
O fenómeno descrito, no artigo referido, e as conclusões a que o estudo chegou, levam a pertinentes reflexões sobre a comunicação humana.
Quantas vezes não surgem conflitos provocados pelo ruído, pela distorção da mensagem gerados no canal de comunicação?
Quantas vezes não ocorrem mal entendidos porque as interpretações, feitas pelo receptor da mensagem emitida, não se coadunam com as intenções do emissor?
Comunicar, através da linguagem, tem tanto de mel como de fel. É um processo desafiante, pois cada um de nós, sendo um mundo de vivências únicas, apropria-se das palavras – dos outros – e imbui-as de sentidos - dos nossos - não racionalizados, mas influenciados pelas suas próprias experiências de vida, pelo modo como interpreta o mundo que o rodeia. E cada um de nós é mesmo um mundo.
Neste contexto, tem toda a pertinência o ditado popular que afirma “O silêncio é de ouro”, o que não é mais que outra forma de, também, se comunicar e dependentemente de quem a adopta, assim o significado atribuído.