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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dicotomia

Foi com descrédito que assisti às imagens do que se passou no final de um jogo de futebol no Egipto: 73 mortos, um número maior de feridos, muita violência perante a apatia das forças policiais face à pujança da plebe enfurecida.
“Meu Deus” – pensei – “como é possível o ser humano estremar simpatias, ódios, paixões e, em nome delas, agir desregradamente, impunemente, selvaticamente?”
Invadida por uma incómoda sensação, de repente, lembrei-me da Primavera Árabe.
Entre a ditadura pro-ocidental e o fundamentalismo religioso – qual a diferença? – o receio de que a Primavera de uns se venha a tornar o Inverno de outros. Ou antes Inferno?