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domingo, 11 de janeiro de 2015

Palavras intemporais


 
Hoje, em Paris, no silêncio da multidão que se manifesta, no sentir e no pulsar de uma nação, de um povo, de uma herança civizacional,  há um pouco de todos nós, os que defendem o respeito pela pluralidade e relatividade de culturas e pela liberdade de expressão, próprias das democracias.
Neste momento, por este mundo fora, milhões de pessoas fazem dos gestos, das acções e das intenções dos que desfilam pelas ruas da Cidade Luz os seus, solidarizando-se e unindo-se com e a todos os que defendem os ideais liberais, herdados da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
É preciso demonstrar a quem defende o fundamentalismo, o radicalismo e a linguagem da violência, onde quer que surja, que as palavras são mais fortes do que as balas, sempre.
A História ensina-nos que estas permanecem na memória dos povos, legado intemporal, enquanto aquelas se esfumam e se esvaziam de conteúdo na destruição e no caos que geram momentaneamente.
Hoje, mais do que franceses ou europeus, somos, sobretudo, cidadãos do mundo, pessoas!

LIF (e)