Um
suavíssimo cântico envolveu-o, resgatando-o dos mais profundos pensamentos.
Aquela música, que passava sem cessar - era
a quarta vez que ouvia aquilo - despertava-lhe as mesmas emoções de quando
a escutara pela primeira vez. Emoções de um amor tímido, envergonhado,
manietado na vontade e o impedia de se declarar: ainda esboçou uma frase, mas
não chegou a dizê-la.
Por
escrito seria mais fácil, pensou, mas mal a viu, guardou rapidamente o papel no bolso e, de novo, silenciou-se.