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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Menina mulher


Aurora, ladina e traquina, filha do mundo, tecia, com as suas já habituais pantominices, risos, na face de quem a ouvia, estonteantes e bem-dispostos.
Cresceu, tornou-se menina mulher, libertando-se da garotice de outrora, e partiu.
Acordes entristecidos dominaram assim quem a conhecia. Nunca ninguém soube o destino que tomara.
Dantes, Aurora menina, surgida do nada, adocicava ouvidos distraídos, perdidos em rotinas de vida, mas silenciados, por momentos de ausência não esperados.
Agora? O vazio e muita tristeza.