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quarta-feira, 30 de junho de 2010

O sentir de um povo

O silêncio espalhou-se, alastrou-se, inundou espaços. Um silêncio imperativo, reflexo do desalento e tristeza que atingiram e invadiram cada um de nós, após a derrota por 1-0 com a Espanha.
E nesse enorme silêncio o sentir de um povo que vê na sua selecção um símbolo da unicidade, da identidade, do orgulho de se ser, de se sentir português!
Nunca a ausência de palavras, ruído, movimento expressaram tão bem a linguagem profunda da alma lusa!
O silêncio brotou, de novo, do mais profundo de nós e com ele a consciência da importância dos símbolos que nos permitem individualizarmo-nos, tornando-nos unos face aos outros.
É por essa unicidade que nos reconhecemos, nos identificamos e nos distinguimos dos restantes. E quando, neste caso particular, os símbolos, que nos permitiriam alcançar tudo isso, falharam, perderam, não foi uma mera derrota desportiva que foi questionada, sentida, foi antes o orgulho de uma nação, em peso, que vergou aos pés dos “mais antigos vizinhos que a História nos concedeu”.
Desta vez mereceram a vitória, com honra e hombridade!
Resta-nos, suavizar a dormência que nos invadiu, erguer a cabeça e pensar no futuro que é já amanhã, com outras lutas, outros desafios, outros confrontos e nos quais devemos mostrar a fibra de que somos feitos! Tenhamos força de vontade e coragem para esses combates que se avizinham!
Tudo vale a pena quando a alma não é pequena! E a nossa é enorme!