O caso do Meco
continua longe de estar resolvido. Por tudo o que se ouve, parece-me estranho
determinadas decisões do juiz de instrução, nomeadamente na recusa em ouvir
técnicos especialistas e os inspectores da PJ que poderiam elucidar dúvidas que
pairam no ar.
Quem não deve
não teme, e, numa situação destas, em que a verdade aparece muito embrulhada na
incerteza, seria moralmente correcto proporcionar a maior transparência ao
processo, para que se chegue a uma conclusão e assim serenar o espírito
daqueles pais que necessitam, urgentemente, de concluir o luto iniciado em Dezembro
de 2013.
Se eu estivesse
no lugar de qualquer um deles, também não descansaria enquanto a verdade dos
factos não fosse apurada e as incertezas dissipadas. Acho que têm
direito a isso e não há nada nem ninguém que o impeça!
Enquanto as dúvidas permanecerem suspensas em enormes pontos de interrogação e as respostas não convencerem, o processo nunca terá fim, mesmo que, institucionalmente, este venha a ser concluído e encerrado!
Enquanto as dúvidas permanecerem suspensas em enormes pontos de interrogação e as respostas não convencerem, o processo nunca terá fim, mesmo que, institucionalmente, este venha a ser concluído e encerrado!
Sinceramente, é
importante que o simbolismo patente na imagem de uma justiça cega, surda e muda,
garante da imparcialidade na luta pela verdade, se alicerce, cada vez mais, nesta
democracia que, por vezes, se fantasia de tudo menos do que, efectivamente, é.
Afinal de contas
só se pretende a verdade: não a deste ou daquele, mas a verdade, a única, a genuína, do que sucedeu naquela fatídica
madrugada independentemente de culpas e responsabilidades.