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terça-feira, 10 de maio de 2011

Karma

Ontem deliciei-me ao ver o debate entre o candidato José Sócrates e o candidato Paulo Portas na TVI.
O jogo de esgrima verbal, entre estes dois políticos, foi deveras aliciador para um início de serão.
Apesar de José Sócrates “safar-se” muito bem neste tipo de combate, Paulo Portas conseguiu enfrentá-lo e desarmá-lo com estocadas reveladoras de uma grande perícia na arte da oratória.
Em contrapartida, o engenheiro Sócrates continuou, mais uma vez, a insistir num discurso que já cansa, de tão repetitivo e monótono que é.
Ao vê-lo, com ar pujante e melodramático – um excelente actor – escudar-se por detrás do chumbo do PEC IV, da culpa da oposição, da não necessidade de ajuda externa, para desresponsabilizar-se pelas consequências dos seus actos, como chefe do governo e líder do partido que há seis anos governa Portugal, senti pena: dele, por passar uma ideia de alguém alheado da realidade e sem soluções para o problema que atravessamos, de nós, por termos de o aturar e sofrer as consequências da sua (des) governação.
Desde o tempo em que Álvaro Cunhal retorquia a Mário Soares com a inesquecível frase: “ Olhe que não Doutor, olhe que não…”muitos anos já se passaram e Portugal, pela terceira vez, vê-se obrigado a recorrer à ajuda internacional para solucionar o deficit da sua economia.
Quando é que, finalmente, aprendemos?