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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Rotinas

Os serões das quintas-feiras repetem-se, deliciosamente, numa rotina um tanto ou quanto enigmática, assaz perspicaz e repleta de savoir faire. Hercule Poirot, personagem deliciosamente esculpida pela mão de Agatha Christie, anima as noites de quinta-feira, numa viagem ao passado, através da RTP- Memória.
Confesso que, desde que soube desta programação, não perco nenhum episódio.
Todas as quintas, sensivelmente por volta das 22. 20h, liberto a minha faceta “detectivesca” e embrenho-me nos mistérios a solucionar, competindo com as celulazinhas cinzentas do detective belga, Hercule Poirot.
Durante cerca de uma hora e meia saboreio, com prazer, os desafios lançados nos dois episódios transmitidos. E como sabe bem exercitar o raciocínio lógico-dedutivo sem ser na área da matemática!
Bem, confesso que, muitas vezes, não consigo competir com a argúcia de Poirot, e as minhas congeminações ficam muito aquém dessa personagem, cuja cabeça em forma de ovo e senhor de um cuidado bigode surrealista o tornam único e inesquecível.
Os serões de quinta-feira tornaram-se, assim, um ritual ansiado, um momento desejado de prazer e participação. Com eles a lembrança do tempo em que, na minha adolescência, devorava todos os livros policiais da velhinha colecção Vampiro pertencente a meu pai e de quem fui buscar o gosto por este género de literatura.
Rever esta série, adaptada das obras de Agatha Christie, será sempre um prazer inolvidável.