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sábado, 14 de julho de 2012

De(s)mocracia

Aproveitando a pacatez de uma tarde preguiçosa, passeei o olhar pelos títulos dos principais jornais diários, li alguns dos inúmeros mails que me aguardam. 
Lendo ambos, apercebo-me de que este estado de trafulhice, esquemas enganosos, artimanhas fraudulentas em que Portugal mergulhou, há já muitos anos, começou a tornar-se insuportável, mesmo para um povo que se identifica com os brandos costumes. A paciência tem limites e são cada vez menos aqueles que ainda acreditam nas duas classes que vão detendo o poder: a política e a judicial.
A insatisfação e a indignação invadem o comum do cidadão. Basta ler-se os mails que circulam pela Net, que se enviam acrescentados de comentários bem elucidativos do sentir da plebe.
Os tempos actuais são propícios a posições extremas: de um lado os que relembram os ideais revolucionários de Abril, de outro os saudosistas do Antigo Regime.
Sabendo que a saúde moral do país não aguenta mais reveses e que é urgente criar-se um sistema que ponha cobro a tanta falta de vergonha, pergunto-me: entre os dois extremos ideológicos, onde encontrar a solução já que a Democracia demonstrou estar podre e não servir a Res publica? Pelo menos a de(s)mocracia que se instalou no Portugal que Abril criou.