Translate

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O problema

O café pastelaria da minha urbanização, recentemente, empregou uma jovem para o serviço de balcão, em contacto directo com o cliente.
Quando, hoje, lá fui comprar o pão, foi ela que me atendeu com toda a prontidão.
O problema surgiu quando lhe entreguei uma nota de dez euros para pagar a despesa de um euro e doze cêntimos.
Confusamente, mexia e remexia nas moedas da caixa registadora sem atinar com o troco a devolver: moeda para aqui, moeda para ali, num tilintar nervoso e constrangedor que a baralhava cada vez mais, enquanto o rubor envergonhado lhe tomava a face.
A certa altura, como não conseguia efectuar a simples conta de subtrair, valeu-lhe – pensava ela – a calculadora do telemóvel. Mas, também aqui, o resultado esperava por aparecer - as máquinas não funcionam sozinhas, há que saber introduzir-lhes os dados.
No meio de tanta atrapalhação, salvou-a o dono do estabelecimento que, com toda a paciência e os conhecimentos adquiridos numa antiga quarta classe, lhe explicou, moeda a moeda, o valor que ia de 1 euro e doze cêntimos a 10 euros.
Enquanto assistia a tudo isto e esperava pelo troco, pensava:” Como é possível um jovem que teve, pelo menos, 9 anos de escolaridade obrigatória, não conseguir efectuar uma simples conta de subtrair? Como foi possível ter-se chegado a este estado?”
Urge reflectir-se!