Aproveitando o
descanso de uma tarde de domingo muito cinzenta e molhada, daquelas que apetecem as
pantufas e o pijama,
enrosquei-me no quentinho do edredon
e mergulhei na leitura.
Presa à força poderosa
das palavras, soberbamente tecidas pela mão e pela imaginação de Joel Dicker,
conclui a leitura de “A verdade sobre o caso Harry Quebert”.
Que final
inesperado! Nem a minha faceta detectivesca, alguma vez, suporia um desfecho
destes! Surpreendente!
“- Um bom livro, Marcus, não se mede apenas
pelas últimas palavras, mas pelo efeito colectivo de todas as que as
precederam. Cerca de meio segundo depois de terminar o livro, depois de ler a
última palavra, o leitor deve sentir-se dominado por um sentimento poderoso;
por um instante, só deve pensar em tudo o que acaba de ler, olhar para a capa e
sorrir com uma ponta de tristeza porque vai sentir a falta das personagens. Um
bom livro, Marcus, é um livro que lamentamos ter acabado de ler.”
Palavras de um
epílogo que espelham, na perfeição, o sentimento final do leitor perante este
romance.