A alteração da
medida de coacção que levou José Sócrates a sair do estabelecimento prisional
de Évora directamente para a casa da sua ex-companheira e mãe dos seus filhos, em
prisão domiciliária, marcou e continuará a marcar a informação jornalística nos
próximos tempos.
Estava eu a
ouvir as notícias, quando a repórter de serviço, em frente à entrada do número
33 da Avenida Almirante Reis, em Lisboa, relatava que a entrada modesta do
prédio, que se via nas imagens, não dava uma ideia exacta das características
da habitação, que passará a ser o poiso do ex-primeiro-ministro.
Realmente, quem
vê aquela minúscula e modesta entrada não diz que o apartamento dá todo para um
pátio, invisível da fachada principal, com jardim, piscina e muita luminosidade.
Temos de concordar
que a troca não foi nada má... Conforto, desafogo, privacidade e com escolta à
porta, já que o cidadão em causa recusou o uso da pulseira electrónica.
Se em Portugal a
Democracia existisse em pleno, não assistiríamos a diferentes formas de
tratamento por parte da justiça face aos cidadãos. José Sócrates e
Ricardo Salgado são o exemplo paradigmático desta realidade.