A morte é uma
ladra imprevista e, por vezes, rouba, demasiado cedo, sonhos, projectos, amanhãs
que nunca o serão, percursos interrompidos, hiatos de vida suspensos na
eternidade, enquanto espalha enormes pontos de interrogação e muitas
reticências no pensamento e no coração dos que ficam …
O que dizer a
quem perde alguém assim tão jovem? Como afagar a dor de um amor incondicional que
se ausenta para sempre? Gestos, olhares, silêncios solidários de compreensão e
apoio, já que as palavras se esgotam perante a não-aceitação e a perda de fé no
sofrimento. O mistério da alegria da vida e da morte entristecida: paradigma da dualidade de toda a existência.