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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Gramática da vida e da morte


A morte é uma ladra imprevista e, por vezes, rouba, demasiado cedo, sonhos, projectos, amanhãs que nunca o serão, percursos interrompidos, hiatos de vida suspensos na eternidade, enquanto espalha enormes pontos de interrogação e muitas reticências no pensamento e no coração dos que ficam …
O que dizer a quem perde alguém assim tão jovem? Como afagar a dor de um amor incondicional que se ausenta para sempre? Gestos, olhares, silêncios solidários de compreensão e apoio, já que as palavras se esgotam perante a não-aceitação e a perda de fé no sofrimento.
O mistério da alegria da vida e da morte entristecida: paradigma da dualidade de toda a existência.