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sábado, 15 de maio de 2010

Pausa

Quando o pensamento se distrai em rasgos de memória, acompanhado pelo olhar que se distancia do imediato e os sons circundantes cessam os seus murmúrios, interpreto os sinais emanados do corpo e obrigo-me a uma pausa no trabalho: retorno ao espaço que me envolve, perscruto o barulho sincopado dos carros que circulam lá fora. De repente, apercebo-me de como o céu se pintou de tons acinzentados, preste a chorar pelo sol que partira.
Contemplo o ritmo da vida, por entre as amplas vidraças debruçadas para o exterior e distraio-me com os pequenos pormenores que se sucedem enquanto o pensamento se solta, rodopiando ao sabor do vento forte que se levantara.
O som estridente de um telemóvel, que se faz ouvir ao longe, relembra-me da necessidade de regressar ao trabalho!
Recomeço...