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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Cheiro de uma noite de Verão

A todos vós, que por aqui passais, deixo-vos estas perguntas: Acaso já se aperceberam do cheiro que tem uma noite de Verão? Alguma vez já sentiram a intensidade do aroma que se desprende da serena magia de uma amena noite de Verão?
Se nunca sentiram o encanto inebriante daquele cheiro, mistura de terra e plantas, estrelas e luar, mar e areia, serras e casarios, ruídos silenciosos, intemporais (como se o tempo parasse para não perturbar o descanso da Natureza) que se mistura na brisa suave e se espalha por entre a noite; se nunca sentiram o êxtase de uma noite de Verão, é-vos difícil compreender a linguagem mais universal de todas: a linguagem da Natureza, dos elementos simples, a linguagem que não se traduz em palavras, pela impossibilidade de expressarem as sensações só sentidas quando se abre o espírito à humildade perante os mais pequenos elementos, insignificantes aos olhares desatentos com que os vislumbramos.
Se nunca sentiram esta magia que paira no ar e contagia emoções e sensações, então, a todos vós que me lerdes, numa próxima noite, deixem-se enfeitiçar pela beleza singela que encerra uma noite de Verão e descobrirão, dentro de vós, a serenidade e a tranquilidade que vos fará relaxar e encarar a vida de outras perspectivas. Verão que a experiência vos transportará a estádios de plenitude suprema em que sentirão o regenerar interior numa comunhão de sentires, só possível pelo cheiro único que brota das cálidas ou frescas noites de Verão!