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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Abril


Mais um “25 de Abril” que adormeceu no ontem.
O deste ano matizou-se em tons de cinza molhado, contrastando com o genuíno que se encheu de sol e luminosidade.
De facto, é de admirar a capacidade que a memória possui para aprisionar os detalhes, os pequenos nadas que ficam, distraidamente, guardados e nem o passar dos anos os apaga.
Entre o Abril do passado, que se vestiu de novo e se encheu de esperança e o Abril do presente, sorumbático e triste, houve um país que persistiu, por entre sonhos e utopias, há um país que persiste, por entre erros e aprendizagens, derrotas e vitórias.
Entre os dois “Abril” houve “eus” e “tus” que cresceram e acreditaram, mas que, nalgum momento da caminhada, se enganaram e continuaram.
Entre estes dois “Abril” há muitas lições a aprender, há todo um modo de vida a repensar, maneiras de estar a alterar. 
Há um país para acontecer. Ainda, se “Abril” quiser ser.