Ao longe, perdida numa das encostas sobranceira ao rio, avista-se a mancha compacta de um casario envelhecido pelo tempo: são retalhos de história, memórias esquecidas de gente sofrida, vivida, parida de corpo e alma.
Em baixo, indiferente, às histórias das gentes, o rio desliza, silenciosamente, no seu leito sinuoso, reflectindo o verde exuberante das suas margens.
Espreitando-o, o casario, testemunha secular de tanta beleza, pelos poetas cantada, pelos amantes sentida, deleita-se com a graciosidade estendida a seus pés.
O casario e o rio, personagens indiferentes à passagem do tempo, complementam-se nas memórias, quase esquecidas, das gentes envelhecidas no corpo e na alma.