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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Frio e leituras

Nesta noite tão gélida, só mesmo doces recordações para aquecer.
O doodle da página de hoje do Google recorda o nascimento do escritor e jornalista Samuel Clemens, eternizado como Mark Twain.
Ao ver a imagem, tão sugestiva, de imediato, recordei o tempo, lá no passado, em que li, pela primeira vez, “As Aventuras de Tom Sawyer”.
 Foi numas das férias grandes, passadas na aldeia, em Formilo, que o descobri, despercebido entre os restantes livros empoeirados da modesta biblioteca.
Li-o intensamente, página após página, devorando cada frase, cada acção, cada trama que se adivinhava.
Com Tom Sawyer, soltei a rebeldia própria da adolescência: fugi e voltei, recriminei e percebi, errei e aprendi. 
Tom é o personagem que retrata fielmente as convulsões da meninice adolescente sem nunca perder a pureza da idade.
Hoje, ao ver aquela imagem, catapultei uma imensidão de lembranças prenhes de afectos.
Hoje, continuo a não perceber por que razão a maior parte dos jovens fogem dos livros, evitam a leitura.
Infelizmente, desconhecem o quanto perdem, cada vez que negam um livro.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A velha arca

No fim-de-semana que passou, aproveitando o sorriso rasgado do sol e a preguiça do tempo, decidi meter mãos à obra e dedicar-me às arrumações!
Cirandando por entre as inúmeras tarefas, “redescobri” uma velha arca guardada na penumbra de um espaço pouco visitado.
Uma arca que me acompanha há já bastante tempo, cheia de peças, algumas há muito arrecadadas, carinhosamente acomodadas por mãos cheias de saber, afecto e amor.
Este fim-de-semana, da velha e enferrujada arca, soltaram-se memórias ternurentas e bem-dispostas que me souberam tão bem!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eis a razão

Finalmente veio a lume o verdadeiro motivo que originou o aceso e acalorado incidente  ocorrido no passado fim-de-semana, no final do jogo entre o Sport Lisboa e Benfica e o Sporting Clube de Portugal.  
Tudo explicado em  http://imprensafalsa.com/319313.html

domingo, 27 de novembro de 2011

Fado

No dia em que o fado – o de Lisboa – foi considerado Património Imaterial da Humanidade, recordo uma ideia, muito vaga que alguém adiantou sobre as origens deste estilo musical tão português (não consigo lembrar-me nem quando nem quem foi).
As características melódicas que o tornam único no espectro musical são as que o identificam e individualizam.
A melancolia, a tristeza, a saudade, cantadas na voz pungente do fado, teriam tido a sua origem nos cânticos amargurados e nostálgicos dos negros escravos que foram trazidos para Portugal a partir do século XV.
Saber que um aspecto bem preciso da cultura do meu país tornou-se um tesouro da humanidade, enche-me de orgulho, envaidece-me.
Afinal, outrora, já demos novos mundos ao mundo!

sábado, 26 de novembro de 2011

A arte do gamanço

A actual crise gera situações nunca antes imaginadas.
Cada vez mais os meios justificam os fins para pessoas em que a moralidade e o respeito pelo bem comum são meras palavras de significado desconhecido.
Para as bandas dos concelhos de Mira e Cantanhede, os amigos do alheio, imunes ao simbolismo que os bustos e as estátuas da região encerram, deram-lhes sumiço.
Em Mira, o busto do Visconde da Corujeira e em Cantanhede, a estátua do Arcebispo João Crisóstomo, desapareceram, sem deixarem rasto…
Vendo o que ocorrera nos concelhos vizinhos, em Tocha, o Presidente da Junta de Freguesia resolveu precaver-se, não fosse dar-se o caso da sua localidade ser a seguinte na lista e nas intenções dos larápios.
Numa jogada de antecipação, reveladora de um espírito arguto, o autarca trocou as voltas aos meliantes e, antes que estes se apaixonassem pelas três estatuetas do largo da igreja, (figuras ilustres da zona: Santos Silva, José Gomes da Cruz e Francisco Lucas Pires) mandou protegê-las com uma grade de eliaco.
É caso para dizer que autarca prevenido vale por dois!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Este fado que é o nosso

Eu não sei se é karma, se é fado, destino de ser-se português, mas o que é certo é que aqui, neste solarengo território virado para o mar, tudo acontece pela metade, comparativamente com o resto da Europa.
Em Itália, Berlusconi, o ex primeiro-ministro, edita um CD repleto de onze pungentes canções de amor – True Love- cujas letras são da sua autoria em parceria com Mariano Apicella.
Ao sair da cena política, o bilionário italiano, depois de sucessivos escândalos sexuais, parece buscar redenção nesta sua faceta artística, continuando, assim, na boca de todos!
Em Portugal, o nosso ex primeiro-ministro, engenheiro José Sócrates, esvaiu-se no silêncio do esquecimento, rumando até Paris (mais oui, parce que Paris est quelque chose d'autre, beaucoup plus mince) quiçá, buscando a redenção num outro curso universitário (engenharia nunca foi o seu forte), mais ligado às humanidades.
Ironias da vida para quem sempre demonstrou uma certa dificuldade nas relações humanas.
Nos Estados Unidos da América, há o Obama que pugna pela implementação de um Serviço Nacional de Saúde.
Em Inglaterra, uma rainha que já é tradição.
Em Portugal, temos um presidente que, a certa altura, aquando de uma visita oficial aos Açores, afirmou ” Ontem, eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante.”
Esta mania de sermos diferentes!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Porque


Sossega-me, o restolhar das folhas levadas no vento, em rodopio de espirais atapetadas. 
Acalma-me, o sossego da Natureza a acontecer.


Tranquiliza-me, o silêncio das palavras escritas.
Apaziguam-me, os afectos de cada memória avivada em forma de pensamento. 
Porque fui!
Porque sou!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

(Des)esperança

De há uns tempos para cá, a crise anda na boca de todos os portugueses.
Enquanto ela andava na boca não havia problema, mera teoria, falada, não sentida.
Este mês, com as facturas a chegarem, após as medidas implementadas pelo governo, o caso mudou de figura. 
Pela primeira vez senti, realmente, a repercussão da subida do IVA nas minhas rotinas diárias: o preço dos serviços e dos produtos agravaram-se, tudo aumentou. Até o meu desespero! 
As únicas coisas que diminuem são mesmo o consumo e o ânimo no futuro.
A angústia é saber que ainda agora a procissão vai no adro…

sábado, 19 de novembro de 2011

Sê pequeno para seres grande


Cada um de nós, nas relações que mantém com todos aqueles que se vão cruzando nos meandros, por vezes insondáveis e incompreensíveis da vida, tem muito a aprender, a reflectir, a repensar.
Quantas vezes nos recusamos a perceber as razões que norteiam as nossas acções?  Quantas vezes projectamos os nossos medos e angústias, as nossas fraquezas e cobardias no processo conducente à ideia do outro?
Quantos de nós, nos seus sossegos interiores, esmiuçamos os nossos actos, percebemos os motivos que nos impelem, assumimos os erros de conduta?
Quantos de nós somos capazes de humildemente reconhecer as nossas falhas e trilhar de novo um caminho, esquecendo os preconceitos anteriores?
Quantas vezes teremos de tropeçar, para finalmente nos erguermos e caminharmos direitos?
Quando conseguiremos tornarmo-nos pequenos entre os mais pequenos para, enfim, sermos grandes?


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os primórdios do futebol

Ao encerrar esta trilogia sobre o futebol, relembro a intervenção, ocorrida nas já aqui mencionadas Jornadas Históricas, de Francisco Pinheiro, investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20), da Universidade de Coimbra, sobre alguns dos traços estruturais e históricos do futebol português, desde o seu nascimento, em finais do século XIX, até à sua consolidação, em meados do século XX.
Uma comunicação deveras interessante, pois ao narrar a evolução do futebol em Portugal, o orador levou a assistência a reflectir sobre o país que fomos, sobre o país que somos e de como temos vindo a mudar.
Os primeiros registos da existência da prática de futebol em Portugal datam de 1888. Este desporto surge, assim, já no século XIX como um fenómeno tendencialmente de massas, mediático, popular e catalisador de emoções.
Desde que se dá a sua difusão por todo o país, através da movimentação, por motivos profissionais, de ex-casapianos, este passa a fazer parte da vida quotidiana, logo nos inícios do século XX.
O futebol entrou, pois, no nosso dia-a-dia e, por vezes, pode simbolizar muito mais que uma simples modalidade desportiva: um país inteiro, uma identidade, uma união em volta de uma bola e 11 jogadores.

Adenda: Sabendo que o futebol entrou em Portugal por influência dos ingleses que cá viviam, não consigo vislumbrar a razão pela qual o mesmo não sucedeu  na América.
Râguebi? 
Quase como diria Obélix “ Aqueles ingleses eram doidos”.


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Curiosidade em tom de verde

Sob a inspiração da musa lusitana e ainda eufórica com a redundante vitória desta noite sob a Bósnia, lembrei-me de partilhar convosco uma curiosidade, aprendida nas XIV Jornadas Históricas, sobre o verde da camisola do Sporting Clube de Portugal.
O Clube foi formado em 1906 e o seu equipamento inicial era todo branco, feito de lã.
Caros leitores, não é muito difícil imaginar o incómodo que provocaria o uso de tal equipamento para quem era obrigado a correr atrás de uma bola durante 90 minutos, principalmente no Verão – era uma tortura, sem dúvida!
Um dos seus fundadores, José de Alvalade, neto do Visconde de Alvalade, teve uma ideia luminosa: porque não utilizar o pano das mesas de snooker em vez da lã? Se assim pensou, melhor o fez.
A partir de então, o verde e o branco passaram a ser as cores emblemáticas deste grande e prestigiado clube português.


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dignidade nacional

Publico este texto antes do jogo decisivo para o apuramento do Euro 2012 entre a nossa selecção de futebol e a da Bósnia, ao qual não irei assistir pois gosto muito da minha dança …
Depois de ter visto e ouvido o modo como os nossos jogadores foram recebidos pelos adeptos da Bósnia, desejo, convictamente, que possamos eliminá-los não só para podermos participar nesta competição europeia do mais alto nível, mas também como forma de respondermos, inteligentemente, às provocações que nos foram dirigidas.
Apesar do ditado dizer que “amor com amor se paga” considero que a melhor resposta é sempre aquela que é dada com uma bofetada de luva branca.   
Para isso, basta ganharmos. 
Força, Portugal! 

A arte da coscuvilhice

Se há verbo mais utilizado pelas gentes deste espaço, quase rectângulo, na pontinha da Europa, é sem dúvida o verbo coscuvilhar.
Coscuvilham os colegas no local de trabalho, coscuvilham os empregados na ausência dos patrões, coscuvilham os estadistas nos meandros da política, coscuvilha o país inteiro numa mentalidade muito própria deste Sul que nos diferenciou.
A coscuvilhice tornou-se o dia-a-dia natural da preocupação nacional.
Com tanta coscuvilhice, tanta energia desperdiçada, tanta força deslocada neste país periférico, não é para admirar que Merkel e Sarkozy nos queiram atirar para o esquecimento ibérico.
Com este coscuvilheiro texto, a pensar em português, não me livro também eu de me coscuvilharem vocês!
Ah, nação imortal, que da coscuvilhice primordial, nasceste tu, ó Portugal! 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Fim de percurso


Somos corpo, somos espírito, somos vontade e razão, consciência e inteligência.
O Homem não morre só quando o seu corpo deixa de funcionar, mas também quando se fecha para as aprendizagens da vida.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Seia Cultural

Há espaços que, pelas suas características particulares, estão, desde o início, destinados a serem únicos entre os demais.
Mal a avistei, fui invadida por uma sensação ímpar de tranquilidade, de calma, como se o tempo ficasse suspenso, hipnotizado pela beleza da paisagem envolvente, adormecido pelo movimento cadenciado das folhas das árvores que baloiçavam ao sabor do vento.
Incrustada, na encosta verdejante da Serra da Estrela, Seia, longe dos grandes centros citadinos e na periferia da modernidade, é uma cidade que sabe apostar na divulgação da cultura, na partilha do saber.
Já há alguns anos que esta cidade serrana acolhe as Jornadas Históricas, – XIV, precisamente – tornando-se um ponto de encontro propiciador do debate e do conhecimento, aliciante, sem dúvida, para todos os que consideram que o saber não ocupa lugar.
Justamente por isso, eis -me aqui, mais uma vez, nesta acolhedora cidade, aguardando o início da sessão de abertura dos trabalhos.
Comodamente sentada, na sala multimédia da Casa Municipal da Cultura, escrevo este texto, inspirada pela paisagem bucólica, visível de uma das muitas rasgadas janelas desta sala circular que a tornam apetecível e especial.
Cidade simpática, esta, em que o clima agreste não resfriou o modo de ser da sua gente, sempre cordial, afável e amistosa com os forasteiros.
Tanto, ainda, por descobrir, neste meu Portugal!



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pedido

Escreves um texto por mim? - peço-te eu quase a dormir.
Estou cansada, estou exausta, tenho pressa em me deitar.
Escreves um texto por mim? - pergunto-te eu a sorrir com a certeza da resposta que não tardará a surgir.
Escrever um texto por ti?! - exclamas tu admirado, com o desejo formulado.
Não! Impossível de o fazer, pois a escrita de cada um reflecte o seu modo de ser.  

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mondego

O post de hoje é uma outra maneira de enaltecer a minha cidade.
A imagem e o som, momentaneamente, tomam a primazia, neste meu espaço, através do documentário sobre o rio que atravessa e autentica a cidade de Coimbra: o Mondego, também chamado, carinhosamente, de Basófias.
Este trabalho pretende dar a conhecer o rio, a região que atravessa e a vida que dele acontece.
Cliquem no link, apreciem a beleza e a tranquilidade  deste portento da Natureza.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Naturalmente

O que nos faz pertencer a algum lugar? Talvez as raízes que nele criamos, os laços que estabelecemos, as emoções que aí vivemos.
Não sendo Coimbra a minha cidade da infância e adolescência, foi aquela que os ditames da vida me destinaram há muitos anos atrás.
Habituada aos caprichos da capital, parti rumo ao desconhecido, aventurei-me na incógnita de um presente já passado, sem saber que cada passo que dava ia desenhando, indelevelmente, um projecto de vida futuro: o meu.
Coimbra surgiu naturalmente na sequência dos acontecimentos.
A cidade acolheu-me nos seus braços, enfeitiçou-me com a sua áurea mística, seduziu-me com a sua beleza, cativou-me no romantismo de um passado cheio de história.
Hoje, tantos anos volvidos, Coimbra é a minha cidade. Sinto-a como se sempre tivesse estado à minha espera, pacientemente, sabendo que cada passo que eu ia dando me traria até si.



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Esta Crise

Caros leitores, esta crise, que nos assola e persegue, desperta-nos potencialidades criativas que nem imaginávamos possuir.
Lá diz o ditado que a necessidade faz o engenho e é bem certo!
Tempos novos, leia-se crise, costumes diferentes.
O restaurante e a cantina cederam o lugar à marmita. Dos restos, nascem pitéus divinais. As boleias, mesmo para curtas distâncias, voltam a estar na moda e até já se contabiliza o tempo dos banhos!
É todo um modo de vida que se altera numa adaptação, mais que lógica, às circunstâncias particulares deste contexto bem específico.
É o instinto da sobrevivência da espécie a actuar, é o lado natural a gritar mais alto! 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Compasso de espera

Sentada, na penumbra de um espaço acolhedor, aguardo que chegue a hora de uma reunião.
 Em tantas horas de espera, há que saber ocupar o tempo da melhor maneira, ou melhor, há que saber rentabilizar o tempo, o que não é difícil nos dias de hoje,  uma vez que a carga burocrática, associada ao ensino, agigantou-se de uma maneira tão assustadora que quase já não há tempo para haver tempo (confuso? Não!)
Bem, aqui, em compasso de espera, adiantei uma série de assuntos pendentes: preenchi uma resma de fichas (tanta papelada para ser arquivada…); preparei aulas; fiz um teste (sim, foi muito tempo a aguardar, acreditem!), sempre acompanhada pela “minha música” inspiradora e calma, num despertar de memórias adormecidas, carregadas de emoções e afectos.
Aqui, neste espaço repleto de silêncio e vazio, debruço o olhar pela vidraça salpicada de minúsculas gotículas da água da chuva.
 Lá fora, o dia continua sorumbático, triste e choroso, pintado em tons frios, quase gélidos.
Aqui, resguardada na penumbra de um espaço simpático, recolho-me em pensamentos e imagens, escutando a voz do silêncio.
Em dias assim, amargurados e cinzentos, eu sou solidão e melancolia!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Caminhada Solitária

Hoje é Dia de Todos os Santos, um dia celebrado no mundo ocidental e por todas as pessoas que seguem o Cristianismo. É um dos vários feriados religiosos do nosso calendário. É o dia em que se veneram todos aqueles que fizeram das suas vidas um caminho de santidade no anonimato.
Como é da tradição, o nosso povo aproveita este dia para homenagear os seus entes queridos, já partidos. Assim, Dia de Todos os Santos e Dia de Finados quase se confundem.
Este dia traz-me à memória um tempo que não volta, um tempo perdido no passado, um tempo não esquecido no presente.
Há muitos anos atrás, religiosamente, neste dia do ano, o meu pai saía bem cedo de casa, em Sintra e visitava todos os espaços onde enterrara a memória física de quem lhe fora querido. Neste dia preciso, o meu pai foi, desde que me lembro, anos sucessivos, de Sintra a Lisboa e daí a Setúbal, numa caminhada solitária, em honra dos que amara.
 Hoje, passado tanto tempo, ainda recordo aquele dia em que meu pai saía de manhã e só regressava à noite. Era uma ausência que, na altura, não significava nada para mim. Foi uma ausência decifrada muitos anos depois…
Hoje, gostaria de o ter acompanhado nesse percurso que o transportava às recordações da sua infância, da sua adolescência, em imagens só dele.
Hoje, gostaria de, naquele passado, ter tido a maturidade que me permitisse perceber a importância daquela caminhada solitária.
Hoje, quando por fim percebi, é tarde!
Fica a lembrança, fica a saudade, fica a memória de meu pai em mim.