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terça-feira, 26 de abril de 2011

Liberdade, Responsabilidade

Portugal soube sempre, nos momentos mais críticos da sua história, lutar pela defesa e preservação da sua identidade e da sua liberdade como povo e como nação.
Sendo uma das mais antigas da Europa, Portugal nasceu da persistência e da vontade de um homem que acreditou na força do sonho que o conduziu à vitória.
Ainda antes de se tornar um reino, corria já, nas suas veias, a garra, a força e a determinação que veio a caracterizar este povo: lutou contra mouros e cristãos, lutou contra os seus próprios irmãos, mas nunca desistiu de defender a alma de ser português.
Ontem, 25 de Abril de 2011, comemorou-se 37 anos da última grande revolução portuguesa que ocorreu no século XX.
Durante 48 anos de uma vivência marcada pelo autoritarismo e falta de liberdade, num Estado que se auto intitulava como Novo, o país fechou-se numa redoma opressora que o formatou profundamente.
Mas como todos os regimes totalitários, autoritários e repressivos, o Estado Novo “suicidou-se” devido à teimosia e à falta de visão dos seus dirigentes.
Muito já se escreveu sobre este período da nossa história, que como todos os períodos teve um lado positivo e um lado negativo, e muito ainda se irá escrever, pois nunca é de mais dar a conhecer às gerações actuais o preço e a importância de se viver em LIBERDADE.
É um bem imprescindível para a saúde social de qualquer povo soberano.
No entanto, é cada vez mais importante fazer perceber aos mais novos que a liberdade implica sempre e acima de tudo uma grande responsabilidade: nos nossos actos, nas nossas tomadas de posição, no modo como conduzimos a nossa vida e no modo como nos relacionamos com os outros. Ser-se livre é ser-se responsável, é ser-se cidadão consciente, é exercer os seus deveres cívicos, é respeitar, mesmo que não concordando, as opiniões dos que pensam de modo diferente. Ser-se livre é saber que, na sociedade, todos os seus elementos têm direitos, mas também deveres. Ser-se livre é colocar-se os interesses da nação acima dos interesses pessoais. Ser-se livre é, antes de mais, uma maneira de se estar na vida, é um projecto que se constrói com pequenas conquistas.
Neste momento difícil e tão crítico que Portugal atravessa, saibam os dirigentes políticos que nos governam, com as suas acções e decisões, honrar o passado histórico que nos enriquece como povo e nação e respeitar os ensinamentos que Abril nos deu.