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terça-feira, 19 de junho de 2012

Para se cumprir

Esta tarde, bem perto da minha escola, ocorreu mais uma tragédia, semelhante a tantas outras que, ultimamente, fazem título de manchete.
Em Portugal, os crimes passionais têm vindo a aumentar a um ritmo demasiado rápido proporcionalmente ao número de habitantes que temos.
Não sei se é este tempo conturbado que atravessamos, se é uma espécie de delírio provocado pelas dificuldades crescentes que enubla o presente e, de certo modo, silencia o futuro, que provoca nas pessoas impaciência, irritabilidade, incompreensão e as leva a agir impetuosamente, sem se aperceberem da gravidade e consequências dos seus actos.
Quando a emoção se sobrepõem à razão e se age “de cabeça quente”, geralmente, dá mau resultado.
A vida é feita de derrotas e vitórias.
O passado é importante quando ajuda o presente e prepara o futuro.
Por muito difícil que seja, é imprescindível saber-se lidar com as emoções que os ganhos e as perdas afectivos geram em cada qual.
“Ninguém é de ninguém” e cumprir-se como ser implica, também, saber aceitar a partida-ausência de quem escolheu um outro caminho para trilhar.