No passado dia três, fez um ano que me iniciei neste espaço virtual com a criação do “Desafioos”. Um ano de escrita imbuída de cumplicidade, de autoconhecimento, de desabafos, de maturação: na pena e nas ideias.
Ao longo deste ano, “Desafioos” acompanhou-me, quase diariamente, nas tempestades e calmarias provocadas pela vida.
Nas tempestades, foi o porto seguro que me abrigou da fúria das intempéries; foi o ventre protector onde, enfraquecida e fragilizada, busquei a força necessária para me reerguer e prosseguir a caminhada; foi a fonte de água pura que saciou a sede da vontade e do querer.
Nas calmarias, foi o espaço aprazível, tranquilo e pacificador, o quarto secreto no sótão das emoções, onde me soltei, floresci e amadureci em reflexos de mim.
No desafio que foi o “Desafioos”, descobri um lado adormecido que me completa e realiza: o prazer da escrita como um acto assumidamente solitário na sua essência, e o prazer da partilha sempre que me lêem.
E tal como no primeiro post, publicado há um ano atrás, a mesma dúvida formulada “e agora?”
Agora, a firme certeza de que o “Desafioos” continuará a ser um espaço pleno de vida, reflexo de mim, com um carácter, muitas vezes, intimista, outras vezes intervencionista, mas acima de tudo um espaço que continuará a privilegiar a paixão pela escrita.