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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Inacabado


Estava eu aqui tranquila, por entre papéis e computador, saltitando de página em página - qualquer coisa do género “aquecimento para o trabalho” – cheia de vontade de produzir e… perdi-me nos pensamentos.
Com eles, vagueei. Pormenorizei detalhes que me houveram escapado.
 Alcancei o sentido de palavras ditas, algumas sussurradas e tantas outras, apenas, silenciadas.
Escutei os ecos do passado, disfarçados de penetrantes subtilezas.
Percebi, nas lembranças que afloram em sorrisos ternos, a fragilidade de sermos.
Galguei o pensamento, interpretei acções, legendei gestos feitos e desfeitos do que fiz ou deixei por fazer.
Sempre que me perco nos pensamentos, agitam-se águas ora calmas ora tempestuosas que me conduzem, inevitavelmente, ao ancoradouro de onde parti: o presente.