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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Este fado que é o nosso

Eu não sei se é karma, se é fado, destino de ser-se português, mas o que é certo é que aqui, neste solarengo território virado para o mar, tudo acontece pela metade, comparativamente com o resto da Europa.
Em Itália, Berlusconi, o ex primeiro-ministro, edita um CD repleto de onze pungentes canções de amor – True Love- cujas letras são da sua autoria em parceria com Mariano Apicella.
Ao sair da cena política, o bilionário italiano, depois de sucessivos escândalos sexuais, parece buscar redenção nesta sua faceta artística, continuando, assim, na boca de todos!
Em Portugal, o nosso ex primeiro-ministro, engenheiro José Sócrates, esvaiu-se no silêncio do esquecimento, rumando até Paris (mais oui, parce que Paris est quelque chose d'autre, beaucoup plus mince) quiçá, buscando a redenção num outro curso universitário (engenharia nunca foi o seu forte), mais ligado às humanidades.
Ironias da vida para quem sempre demonstrou uma certa dificuldade nas relações humanas.
Nos Estados Unidos da América, há o Obama que pugna pela implementação de um Serviço Nacional de Saúde.
Em Inglaterra, uma rainha que já é tradição.
Em Portugal, temos um presidente que, a certa altura, aquando de uma visita oficial aos Açores, afirmou ” Ontem, eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante.”
Esta mania de sermos diferentes!