Ao encerrar esta trilogia sobre o futebol, relembro a intervenção, ocorrida nas já aqui mencionadas Jornadas Históricas, de Francisco Pinheiro, investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20), da Universidade de Coimbra, sobre alguns dos traços estruturais e históricos do futebol português, desde o seu nascimento, em finais do século XIX, até à sua consolidação, em meados do século XX.
Uma comunicação deveras interessante, pois ao narrar a evolução do futebol em Portugal, o orador levou a assistência a reflectir sobre o país que fomos, sobre o país que somos e de como temos vindo a mudar.
Os primeiros registos da existência da prática de futebol em Portugal datam de 1888. Este desporto surge, assim, já no século XIX como um fenómeno tendencialmente de massas, mediático, popular e catalisador de emoções.
Desde que se dá a sua difusão por todo o país, através da movimentação, por motivos profissionais, de ex-casapianos, este passa a fazer parte da vida quotidiana, logo nos inícios do século XX.
O futebol entrou, pois, no nosso dia-a-dia e, por vezes, pode simbolizar muito mais que uma simples modalidade desportiva: um país inteiro, uma identidade, uma união em volta de uma bola e 11 jogadores.
Adenda: Sabendo que o futebol entrou em Portugal por influência dos ingleses que cá viviam, não consigo vislumbrar a razão pela qual o mesmo não sucedeu na América.
Râguebi?
Quase como diria Obélix “ Aqueles ingleses eram doidos”.