No feriado que comemora a passagem de mais um ano da Revolução de Abril de 1974, o assunto do post de hoje teria, quase obrigatoriamente, de subordinar-se ao tema “A Liberdade”.
Até porque, no decorrer do fim-de-semana, este conceito, directa ou indirectamente, esteve sempre presente de um modo muito premente.
Escolhido o assunto, restava-me dissertar sobre o mesmo.
Recostei-me na cadeira, observei a vida que decorria lá fora, num final de tarde ameno, com fragrâncias intensas a cheirar a Verão e esquematizei o pensamento, de modo a dar forma às ideias.
Liberdade, livre arbítrio e responsabilidade: três conceitos impossíveis de dissociar.
Liberdade de modo a podermos optar por determinados caminhos, escolhas, trajectos, com a consciência plena que qualquer que seja a escolha, esta implicará, sempre, a responsabilidade das decisões tomadas.
Livre arbítrio, pois só com ele poderá haver responsabilização pelos actos praticados e pelas opções tomadas.
Responsabilidade, sinónimo de crescimento interior, sazonamento da personalidade e maturidade do Ser.
Se cada ser humano gerir a sua vida, com base nestes três conceitos, a sociedade crescerá, enriquecer-se-á e abrir-se-á ao Outro.
E a bestialidade primordial, inerente à espécie, tenderá a diluir-se, mais rapidamente, no polimento secular do tempo.