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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Triste fado


Castelo de Torres Vedras

Portugal é um país(eternamente) adiado e pequeno.
Adiado, pela recusa em assumir-se como responsável, dinâmico, coerente, correcto, íntegro.
Pequeno em toda a acepção da palavra.
Pequeno, na extensão do seu território, formado pelos 92.446 km2.
Pequeno, no sonho de Ser, de alcançar, enfim cumprir-se!

Erro do sistema

A propósito de uma série de situações que se sucederam no decorrer de instâncias processuais, no mínimo caricatas, a certa altura apercebi-me do uso sistemático, por parte de instituições e serviços, públicas e privadas, de uma expressão que, pretendendo explicar tudo, reduz-se a nada.
Os “erros do sistema”, chavão muito em voga, inundou, nos últimos tempos, o rol de motivos apresentados para desculpar a inoperância, o descuido, a incompetência de certos funcionários que prestam serviços a terceiros.
Hoje em dia, é comum ouvir-se um qualquer funcionário, de ar compenetrado, afirmar, convictamente, que se algo não funcionou, tal se deveu a um “erro do sistema”.
Portugal foi invadido por "erros do sistema".
Aliás, o nosso país acarinhou, apadrinhou, tornou-se compadrio dos “erros do sistema”.
Com tantos "erros no sistema" é inevitável concluir-se que ou o sistema está obsoleto e necessita, urgentemente, de ser reformulado, alterado, em última instância, substituído ou, então, é o próprio Portugal um grande erro do sistema!...