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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ao meu país

Portugal! Será que na longevidade da tua história ainda conservas, com nitidez, a lembrança da tua origem?
Começaste por ser pequeno, tão pequeno como os sabres que te feriram na ânsia da conquista e na sede do poder.
Pelo sonho de um "bastardo" e a coragem de um povo cresceste como nação. Expandiste-te até onde o mar permitiu e a vontade dos homens anuiu. Percorreste os séculos por entre conturbações e calmarias, amadureceste!
Um dia, preconizaste os teus sonhos e compreendeste que eram maiores que o espaço que te limitava. Partiste à aventura, agigantaste-te perante o tenebroso desconhecido. Deste a conhecer ao Mundo, novos mundos.
Foste sangue e dor no imenso labor da massa anónima que edificou o teu esplendor.
Um passado com história notabiliza-te entre os demais.
Eis-te no presente. Foste "coisa" usada, abusada, explorada por gente infame que não soube honrar o teu nome, Portugal!
Choras, e as tuas lágrimas espelham o desânimo, o desalento e a tristeza de um povo.
És nação ferida nas profundezas do teu ser.
Que destino te reservam? Oh nação imortal!
Ergue-te, sacode o jugo, liberta-te dos fracos acobardados e, com altivez, glorifica, de novo, o teu nome, oh Portucale!