O fim-de-semana
que passou levou consigo duas figuras públicas bem conhecidas: o actor
brasileiro José Wilker, de 66 anos (quem não se lembra da personagem “Doutor
Mundinho”, da primeira telenovela brasileira “Gabriela, Cravo e Canela” passada
na RTP 1, após a revolução de Abril?) e o professor e empresário Manuel Forjaz,
com 50 anos.
Alegria e morte:
duas palavras de difícil conjugação e a de Manuel Forjaz trouxe-me
uma enorme tristeza. Conheci-o há pouco, desde a entrevista conduzida por José Alberto Carvalho, durante o jornal das 8 TVI.
Nesses breves minutos de conversa, transpareceram, das suas palavras, uma força, uma determinação, uma teimosia em viver. Nem a sombra da morte pareceu roubar-lhe a calma e a serenidade com que encarava e falava da doença.
Admirei-o pela sua atitude, pela coragem demonstrada, pela vontade de ser, pela não desistência.
Apesar do seu amanhã ser cheio de incertezas, conseguiu transmitir a fé e a esperança que alicerçavam a sua convicção.
Do outro lado, onde quer que ele seja, deveria estar afixado o seguinte dístico, como regra única e obrigatória: “ Proibida a passagem, a entrada aos ávidos de vida, aos sonhadores, a todos os que ainda não concluíram o seu projeto de vida!”