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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Bem e mal ou a relatividade de verdades tidas absolutas


O estado islâmico destruiu mais uma estrutura de mais um outro templo na cidade de Palmira, como se sabe, património da humanidade.
Como é possível, em pleno século XXI, a Humanidade parir seres humanos com mentalidades tão retrógradas e limitadas, pessoas tão incultas, tão fanáticas, tão ao estilo Idade Média?
Como pode um grupo de extremistas ousar destruir um património milenar que é de todos nós e não apenas deles?
Como querem que o resto do mundo os considere e os respeite ou leve a sério, quando todas as suas acções, espelho de maldade, frieza e tacanhez de espírito, provocam, naqueles que não são os seus, sofrimento, dor, humilhação e espalham à sua volta morte e devastação?
Como é que alguém se endeusa (legitimando as suas acções por deturpação dos princípios ideológicos de uma religião) e se promove, como detentor de uma vontade divina, impingindo aos outros – os hereges- uma razão castradora da diferença e da pluralidade de pensamento?
São tempos perigosos, muito conturbados, estes que vivemos e o mundo democrático tem obrigação de travar o avanço do mal, qualquer que seja a forma com que este se revista. Devemo-lo aos inocentes, tombados e imolados às mãos de uma minoria fanática e cruel de modo a que a paixão e morte de todos eles ecoe, para sempre, nas ruínas dos templos destruídos, na  consciência de todos nós e nos anais da Humanidade.