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domingo, 20 de julho de 2014

Sem resposta


Quando penso na Humanidade, quero muito acreditar que a essência primordial que a define é uma condição intrínseca de paz e de entendimento, constituindo-se as guerras e os conflitos como a excepção que ciclicamente confirma a regra.
No entanto, se nos lembramos de todas as contendas, discórdias, lutas que marcaram e continuam a marcar a História do Homem, a dúvida instala-se dando lugar a questões como “Qual será a essência da Humanidade? Uma apetência inata para a guerra ou um estado natural de paz? Qual o traço matricial das relações sociais? O conflito latente, sempre pronto a manifestar-se por entre um ilusório e aparente entendimento ou o oposto? Como interpretar à luz destas duas visões opostas ou em que campo incluir episódios marcantes da nossa História como as Guerras Santas; a subjugação e a tentativa de extermínio de um povo sobre outro; o Holocausto; mais recentemente a guerra na Ucrânia e o assassinato de civis inocentes; os conflitos permanentes entre Israel e a Palestina, as ditaduras castradoras dos direitos fundamentais do ser humano, entre tantos e tantos outros diferendos que parecem realçar o monstro que se acoita na nossa espécie e faz-nos esquecer que também albergamos um lado positivo?
Somos uma espécie eminentemente pacífica com momentos de forte entropia na sua evolução política e social ou, pelo contrário, somos de uma belicosidade natural mascarada pela cultura?