Os compassos de espera, se desocupados, irritam, desesperam, aborrecem. Quando são longos - e que longos alguns são - há que inventar maneiras de os fazer parecer diminutos. Sem dúvida que poderia ocupar esse tempo a trabalhar para a escola, mas depois de uma manhã intensa de trabalho, a exaustão invade-me e, enquanto não volto aos afazeres obrigatórios da profissão, prefiro distrair-me, entregando-me a um dos hobby's que me dá, realmente, prazer
Assim, esqueço-me da lentidão com que se movem os ponteiros do relógio, cumplicio-me com a escrita. Cada palavra alforrada leva consigo partes de mim e voa ao encontro do leitor desconhecido.
Afinal, o que me leva a escrever? Este gosto de me expressar, de me dar a conhecer, de partilhar com outros momentos meus.
Ao escrever, o meu lado mais solitário, refugiado em cada palavra gerada, transfigura-se e, num natural fluir, doo-me a quem me lê.
Ao escrever, o meu lado mais solitário, refugiado em cada palavra gerada, transfigura-se e, num natural fluir, doo-me a quem me lê.