Nesta noite tão gélida, só mesmo doces recordações para aquecer.
O doodle da página de hoje do Google recorda o nascimento do escritor e jornalista Samuel Clemens, eternizado como Mark Twain.
Ao ver a imagem, tão sugestiva, de imediato, recordei o tempo, lá no passado, em que li, pela primeira vez, “As Aventuras de Tom Sawyer”.
Foi numas das férias grandes, passadas na aldeia, em Formilo, que o descobri, despercebido entre os restantes livros empoeirados da modesta biblioteca.
Li-o intensamente, página após página, devorando cada frase, cada acção, cada trama que se adivinhava.
Com Tom Sawyer, soltei a rebeldia própria da adolescência: fugi e voltei, recriminei e percebi, errei e aprendi.
Tom é o personagem que retrata fielmente as convulsões da meninice adolescente sem nunca perder a pureza da idade.
Hoje, ao ver aquela imagem, catapultei uma imensidão de lembranças prenhes de afectos.
Hoje, continuo a não perceber por que razão a maior parte dos jovens fogem dos livros, evitam a leitura.
Infelizmente, desconhecem o quanto perdem, cada vez que negam um livro.