Numa abordagem à primeira página do Público on-line, deparei-me com um inquérito que pretende avaliar o grau do interesse dos leitores deste diário relativamente ao modo como a campanha das eleições presidenciais está a ser seguida.
Perante a afirmação “Está a seguir a campanha das eleições presidenciais com:”, o leitor pode optar por três respostas diferentes que variam entre “muito interesse”, “pouco interesse” e “não estou interessado”.
Despertada a curiosidade sobre o sentido de voto dos leitores, quis verificar se a suposição que fizera, antes de ter acesso aos resultados, se confirmaria ou, pelo contrário, desmentiria as minhas previsões.
De facto não me enganara: num universo de 1557 votos, número contabilizado até ao momento em que redijo este post, 7,2% das pessoas responderam que tinham muito interesse, 28% afirmaram que o faziam com pouco interesse e 64,8% dos leitores sustentaram que não estavam interessados.
Admiração com este resultado? De modo algum!
A leitura que faço situa-se em dois campos interpretativos possíveis: ou os leitores, neste momento, já estão bem convictos do candidato da sua preferência e, deste modo, tudo o que rodeia a campanha perde importância ou então é apenas e só a consequência imediata da invasão dos “des” na opinião de uma grande parte dos cidadãos portugueses relativamente à vida política do país, face a todos os casos e escândalos económicos e políticos que se têm sucedido nos últimos tempos: o desinteresse, a desmotivação e o descrédito nos nossos políticos!
No dia vinte e três de Janeiro, a dúvida cessará!